No marasmo de uma emoção descontrolada, uma jovem mulher sai da capela dum hospital e dirige-se à sala de espera. Apercebe-se da presença duma senhora, com aspecto debilitado e solitária. Numa luta desigual entre o dilema egoísmo e compaixão, decide não ignorar a senhora, que se apresenta num trocadilho de palavras:
Meu nome é Maria e meu pai Maria é. Não tenho por nome Maria, mas sou Maria de alma e coração. Porque nasci dos Maria, Maria sou. Esta desenrola a longa história duma vida humilhada, vexada, mas comprometida em desvendar os segredos da vida. O rio (Nzadi) foi o mestre que conduziu do sofrimento a vitória. Dele aprendeu o valor da família e o lugar central da mulher mãe em campo de batalha. Como agir frente ao egocentrismo do homem? Se o rio foi mestre, o Cântico Negro de José Régio foi inspiração e o mar professor da dimensão transcendental da vida, assim como da responsabilidade universal. A jovem, por seu lado, aprende não só como o egoísmo é a fonte de grandes perdas, mas também como o arrependimento consegue transformar o ser humano em fonte de sabedoria, naquela heroica MARIA, que atravessa a história carregada de histórias. O livro não se mostra apenas como um livro de ficção, mas de profunda reflexão sobre o valor, uso ou abuso da consciência humana.
Meu Nome é Maria é uma viagem ao interior de cada um de nós, procurando desafiar o leitor a interrogar-se sobre a sua missão e responsabilidade no mundo e de como o pode tornar mais humano.
É uma obra «grávida de vida e de amor», uma proposta para a felicidade, cujo caminho a percorrer deverá incidir no respeito pelos outros, na sensibilidade e solidariedade.

Voguiana M. Francis nasceu no Lubango. Foi professora na sua cidade natal; na Escola Portuguesa em Kinshasa, Congo Democrático; e professora do ensino primário e secundário na escola portuguesa em Toronto, Canadá, cidade onde cursou, na George Town, a língua inglesa. Formada em Direito pela Universidade Católica de Angola, exerce hoje, profissionalmente, a advocacia e é docente universitária no curso superior de Direito. Dedica-se desde 2008, ao seu sonho de ensaísta, tendo concretizado em 2011, com a publicação da sua primeira obra Meu Nome é Maria pela chancela da Mayamba Editora. Posteriormente, já publicou Miqueias, o Profeta (2014) e Meu Nome é Maria (2013), ambas editadas em Portugal, pela Chiado Editora. Em 2014, a Mayamba Editora lança a 2.ª edição revista de Meu Nome é Maria.